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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Domingo - Dia Pagão ou Cristão?



Uma vez que o Sábado desempenha um papel vital na adoração a Deus como Criador e Redentor, não deveria constituir surpresa o fato que Satanás tem levado adiante uma guerra sem trégua na tentativa de subverter essa sagrada instituíção.
Em parte alguma autoriza a Bíblia a mudança do dia de adoração que Deus instituiu no Éden e reafirmou no Sinai. Outros Cristãos, eles proprios observadores do domingo, reconhecem isso. O cardeal Católico Tiago Gibbons escreveu em certa oportunidade: "Você poderá ler a Bíblia do Genesis ao Apocalipse, e não encontrará uma única linha autorizando a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do Sábado" (James Gibbons. The Faith of Our Fathers, pág. 111, 112, 1895).

A.T Lincoln, um protestante admite que "não se pode argumentar que o Novo Testamento, por si mesmo, provê apoio para a crença de que desde a ressureição Deus indicou o primeiro dia da semana para ser observado como o Sábado"
(Andrew T. Licoln "From Sabbath Lords Day: A Bíblical and Theological Perspective pág. 386). 

Ele reconhece: "Tornar-se observador do Sábado do sétimo dia é o único curso de ação consistente para qualquer pessoa que sustente possuir o decálogo a força da Lei Moral" (Ibid, pág. 392).

Se não existem evidências Bíblicas de que Cristo ou os discípulos mudaram o dia de adoração do Sábado para o domingo, por que tantos cristãos aceitam hoje este último dia?

O Surgimento da Observãncia do Domingo

A mudança do Sábado para o domingo, como dia de adoração ocorreu gradualmente. Não existem evidências da santificação semanal do domingo por parte dos Cristãos antes do segundo século, mas as evidências indicam que por volta da metade desse século alguns cristãos observavam voluntariamente o domingo como dia de adoração mas não como dia de repouso (Justino Mártir , First Apology, in Ante-Nicene Fathers, vol 1. pág 186).

A Igreja de Roma, composta em grande medida de crentes gentios (Rom. 11:13), liderou a tendência no tocante à adoração dominical. Em Roma, a capital do império, existiam fortes sentimentos anti-judaicos, os quais se tornaram ainda mais forte com o passar do tempo. Reagindo a tais sentimentos, os cristãos da cidade procuraram mostrar que eram diferentes dos judeus. Abandonaram algumas práticas que tinham em comum com os judeus e iniciaram a tendência de afastar-se da adoração no sábado, caminhando gradualmente para a adoração exclusiva no domingo

So segundo ao quinto séculos, à medida que crescia a influência do domingo, os cristãos prosseguiam observando o sábado em praticamente todos os lugares do império Romano. Sócrates, historiador do quinto século, escreveu: "Praticamente todas as Igrejas do mundo celebram os sagrados mistérios no sábado, todas as semanas, embora as igrejas cristãs de Alexandria e Roma, por conta de algumas tradições antigas, tenham deixado de fazê-lo"

No quarto e quinto séculos muitos cristãos adoravam tanto no sábado como no domingo. Sozomen outro historiador desse período escreveu: "O povo de Constantinopla, e praticamente todos os demais lugares, reúnem-se no sábado, bem como no primeiro dia da semana, costume esse nunca observado em Roma ou Alexandria". Essas referências indicam a liderança de Roma no processo de abandono do Sábado como dia de guarda.

Por que razão aqueles que estavam abandonando o Sábado como dia de adoração escolheram o domingo, e não qualquer outro dia da semana? Simples, para eles, a ressureição de Jesus no domingo era motivo forte para santificação nesse dia. Porém, a Bíblia não autoriza essa mudança em nenhuma de suas páginas.

A Veneração do Sol e a guarda do Domingo

A popularidade e influência que a veneração do sol por parte dos pagãos do império trazia consigo, indubitavelmente contribuiu para tornar crescente a aceitação do domingo como dia de adoração. A adoração do sol ocupava lugar importante no mundo antigo. Representava um dos mais antigos componentes da religião Romana. A partir do segundo século D.C, o culto do Sol Invictus tornara-se dominante em Roma e em outras partes do império.

O quarto século testemunhou a introdução de leis dominicais. Em primeiro lugar, foram impostas Leis Dominicais de carácter civil, depois vieram as leis dominicais de carácter religioso. O imperador Constantino estabeleceu o primeiro decreto dominical civil em 7 de março de 321 D.C. Em vista da popularidade do domingo entre os adoradores pagãos do sol e da estima que muitos cristãos lhe dedicavam, Constantino tinha a esperança de que, tornando o dia de domingo santo obteria ele apoio tanto dos pagãos quanto dos Cristãos em favor do seu governo.

O decreto dominical de Constantino refletia suas próprias origens como adorador do sol. Diz o texto:

“Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes, repousem no venerável dia do Sol. Aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente aos cuidados de sua lavoura, visto suceder freqüentemente não haver dia mais adequado à semeadura e ao plantio das vinhas, pelo que não convém deixar passar a ocasião oportuna e privar-se a gente das provisões deparadas pelo céu.” Edito de 07 março de 321, A.D. Corpus Juris Civilis Cord., Liv. 3, Tit.12,3
Várias décadas mais tarde, a Igreja seguiu seu exemplo. O Concilio de Laodicéia (encerrado em 364 D.C) emitiu a primeira Lei Dominical eclesiástica. No Cânone 29, a Igreja estabeleceu que os cristãos deveriam honrar o domingo e "se possivel não trabalhar nesse dia", ao mesmo tempo em que se denunciava o repouso no Sábado, instruindo os cristãos a não ficarem "inativos" nesse dia.

“Os cristãos não devem judaizar, ou estar ociosos no Sábado, mas trabalharão nesse dia; o Dia do Senhor (Domingo), entretanto, o honrarão especialmente; e como Cristãos não devem se possível fazer qualquer trabalho nele. Se, porém, forem achados judaizando, serão separados de Cristo”.(Cânon 29, do Concílio de Laodicéia, em 364 d.C.).



As Enciclópedias do mundo todo confirmam que a base da adoração no domingo se dá em raízes pagãs. 
Na Enciclopédia Britânica podemos ler claramente:
“O mais antigo reconhecimento da observância do domingo como uma obrigação legal é uma constituição de Constantino, de 321 d.C., decretando que todas as cortes de justiça, habitantes de cidades e oficinas repousassem no (venerabili die Solis), exceção feita apenas àqueles que estivesses ocupados em trabalho de agricultura”. - Enciclopédia Britânica (11ª Edição.) Artigo - “Domingo".

“Constantino o Grande fez uma lei para todo o império, (321 d.C.), instituindo que o Domingo fosse observado como dia de repouso em todas as cidades e vilas; mas permitindo que os camponeses prosseguissem em seus trabalhos”. -Enciclopédia Americana, artigo Sábado.

“A idéia de transpor a solenidade do Sábado para o Domingo, é uma idéia estranha ao cristianismo primitivo. O Domingo foi justaposto ao Sábado”.“Foi um ecletismo político de Constantino que queria agradar tanto a cristãos como a pagãos adoradores do sol”. 
A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Vol. IX pág. 232 item Domingo.


Em 538 D.C, ano que marcou o inicio do período profético de 1260 anos (leia aqui), o Terceiro Concílio de Orleans da Igreja Católica Romana emitiu uma lei mais severa que a de Constantino. O cânone 28 desse concílio diz que no domingo "mesmo a agricultura deve cessar seus labores, de modo que as pessoas não sejam privadas de frequentar a igreja" Giovanni Dominico Mansi, editor, Sacrorum Conciliorum, vol. 9, col. 919. 

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